segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Relíquias




Procurando no baú antigo das roupas vintage da minha mamã, encontrei um casaco de abrigo camel antigo, tal e qual como o das fotos. Devidamente arranjado pela Sra. Costureira, agora será usado e abusado nestes dias frios e nos futuros invernos que o precedem.



* e apesar do T. dizer que se assemelha a um robe, uso-o alegremente com um cinto castanho e adoro!

Quem é que está cheio de Amor?


"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro.
Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito.
Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado.
Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática.
O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra.
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa querefresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe.
Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um minuto de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também. "

Elogio ao Amor Puro,
Miguel Esteves Cardoso

Já agora vou falar sobre o Ídolos


Bah. Ganhou o Filipe. Sem surpresas - as adolescentes todas devem ter entupido as linhas telefónicas a votar nele. Só espero que não deixem escapar a Diana; não há muitos como ela em Portugal.

Adorei ouvir o Laurent a tocar. Acho que deve ser um homem super interessante - pelo menos tem imensa pinta. Alguém sabe se ele toca em algum bar por Lisboa?


Hoje, dia de descanso.

Desde quarta-feira, os meus dias são um corre-corre. Sem sequer ter tido tempo para abrir o portátil, os meus posts têm sido todos agendados, e só hoje tive tempo de passar aqui.
Através dos vossos blogues dei-me conta da última grande perda do mundo da moda - Alexander McQueen, um génio que sai do palco da vida cedo demais; da produção espectacular da Heidi Klum para a revista espanhola DT (inveja gigantesca); do bzz bzz que foi a nova colecção Fall 2010 da Victoria Beckham; das novidades em geral da Fashion Week. Os vossos comentários carinhosos também não deixaram de aparecer, bem como meninas giras que passaram a visitar o meu espaço. Brevemente passarei pelos vossos também.

Em geral, e comigo, posso-vos dizer que os dias do Congresso em que participei 5f, 6f e sábado foram fenomenais. Apesar de cansativos, aprendi imenso, conheci pessoas muito interessantes e renovei o gosto pela minha futura profissão.
Fui "celebrar" o dia dos namorados com um jantarzinho bom e uma garrafinha de vinho, mas não trocámos prendas. Acabámos a noite com os amigos num barzinho giro, giro, a beber caipirinhas, martinis e afins.

Agora, cansada mas feliz.

sábado, 13 de fevereiro de 2010


Quase todos os sábados de manhã vou ao mercado comprar coisas. Desde boa fruta, legumes e o peixe fresco chegado à pouco, até a acessórios giríssimo comprados a preços baixos, é um sítio onde se encontram verdadeiras preciosidades.

É só preciso saber escolher.

Hoje não fui, ainda estou no Congresso de manhã. Mas saio de lá e vou almoçar com o T. à Baixa - e ele paga!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


Dia de São Valentim. O Dia dos Namorados.

As montras enchem-se de coraçõezinhos ternurentos, peluches com mensagens "Amo-te para sempre", prendinhas para ele, prendinhas para ela.

Eu ainda sou daquelas que acha que para se cultivar uma relação, deve manisfestar-se amor todos os dias. Deixá-lo correr nas veias. Fazer loucuras e devaneios. Oferecer porque se quer - um chocolate, aquela camisola, o livro ou o CD, um jantar naquele restaurante só porque sim, o pequeno almoço na cama porque gosto de te ver sorrir. Não se força o amor, não se devem forçar manifestações.
Tenho para mim que este dia é comemorado por muito boa gente porque muitos casais precisam de uma desculpa para dizer ao outro que o amam; para levá-la a jantar fora; para arranjar tempo para estar com ele; para oferecer presentes que digam "ainda penso em ti".

Eu comemoro o dia dos namorados. Mas para mim é só mais uma desculpa para nós os dois dizermos às nossas carteiras "vamos outra vez jantar ao nosso restaurante preferido".

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

E a propósito do post de ontem ...


... não gosto do Chanel Nº 5.


Mas adoro o Coco Mademoiselle.

Não brinco ao Carnaval. É uma altura que não me diz nada, não acho piadinha nenhuma. Não percebo as escolas de samba (?) portuguesas, má importação do Brasil, com as nossas moças a abanarem-se para mandar o frio embora. Não gosto dos algomerados de gente como acontece em Torres Vedras (o dito melhor Carnaval de Portugal). Sempre odiei os balões de água mandados a quem não os pede, os ovos a voar pelas ruas.
O Carnaval tem piada quando somos miúdos, a imaginação livre a aflorar à pele, as brincadeiras de criança quando ainda não víamos e nem pensávamos em certas malícias e consequências. Por isso vivo o Carnaval a ver as crianças da família mascaradas e gozo com eles as fantasias mais pueris. Para mim, o Carnaval é das crianças; não uma desculpa para fazer figuras tristes por aí e, por vezes, desrespeitar os outros porque É Carnaval, ninguém leva a mal *

Mas se me mascarasse, saia à rua como a menina da foto.

*note-se que eu tenho perfeita noção de que nem toda a gente vive o Carnaval nestes modos.

Inspiração para o look de hoje.
É dia de workshop; tema - Hipnose Clínica. E mais um certificado para o curriculum.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Coisas da blogosfera

Denoto que andam por aí algumas picardias na blogosfera. Será que até neste pequeno mundinho virtual as pessoas precisam de se relacionar desta maneira? Eu sei que sou nova nisto, mas não consigo compreender como é que as pessoas não se fartam deste tipo de parvoíces no mundo real e, por isso, ainda fazem questão de as trazer para aqui. E isto estende-se não só aos autores de blogues como também a anónimos e afins que vêm depejar comentários estúpidos e hipócritas no espaço dos outros. Se não gostam do blog x ou y, ou do modo como o seu autor escreve nele, porque é que continuam a ir lá?

Shame on us, human beings.

O perfume é daquelas coisas que nem toda a gente tem bom senso em quantidade suficiente para saber usar.

Para mim, um bom perfume é o último toque no meu visual - depois da higiene, da roupa e dos acessórios, o perfume dá aquela sensação que está tudo composto, no lugar certo.
O que acontece é que muitas pessoas ainda não perceberam que o perfume não serve para se deixar um rasto, para entupir as narinas das pessoas nos autocarros, no metro ou no local de trabalho. O suposto é que, quando as pessoas se aproximem ligeiramente de nós, sintam um aroma agradável e leve, um aroma que faz sorrir e que passamos a associar àquela pessoa.

Perfumes não muito intensos, quentes para o Inverno, frescos para o Verão. Uma borrifadela no pescoço, outra nos pulsos. E basta.

Agora uso o In 2 U, Calvin Klein - uma óptima descoberta neste Inverno.

Coisas minhas #2


Não me visto de vermelho. Não tenho uma única peça de roupa desta cor - acho que me fica terrivelmente mal.
Nunca comi sushi. Nem nunca imaginei ter sequer vontade de comer sushi. Sempre preferi carne a peixe e a ideia de comer peixe cru fazia-me algumas alergias. Mas ultimamente ando cheia de vontade de entrar pelo japonês a dentro e ir experimentando o que quer que seja que se come por lá.
Depois deste post da Cherry, do Post-it amarelo, percebi que não sou a única a sentir este desejo inquietante. Mas não sei como me comportar num restaurante japonês. Entra-se e pede-se o quê? Como é que se come aquilo? É que eu não me apetecia nada ir gastar dinheiro para um japonês para não comer nada de jeito e sair directa para outro sítio que me satisfaça os apetites...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A luta

Ora bem, para lutar contra a malvada de que vos falei aqui, fui às compras e adoptei este cremezito. Ando a pôr todos os dias, às vezes de manhã e à noite, acompanhada com a massagem que a Rita do Este blogue precisa de um nome recomendou aqui.

O Nivea Goodbye Cellulite custou-me aproximadamente 10€ e ainda não sei se funciona mesmo. Para já tem um cheiro óptimo, rápida absorção e, por enquanto, tem deixado a pele bonita.

Novas notícias virão. A luta continua por estes lados.